terça-feira, 25 de novembro de 2008

Novas regras ortográficas - 3

Agora veremos o hífen. Acredito que esse item aqui trará mais dúvidas do que as que já existem. Mas afinal, o que é um hífen? O hífen é traço de união, um sinal de separação de elementos de um composto de sílabas em fim de linha e de ligações apoclíticas (subordinação do acento de uma palavra ao acento tônico da palavra anterior), mesoclíticas (interposição de variações átonas pronominais nos verbos e acento tônico do meio da palavra) e proclíticas (subordinação do acento de uma palavra ao acento tônico da palavra posterior).
O hífen não será usado mais em palavras formadas por prefixos terminados em r ou s, sendo assim terão essa letra dobrada. No caso de “de repente”, por exemplo, se fará usar conforme a maioria dos alunos com problemas na escritas escrevem ficando derrepenteNO entanto os prefixos terminados em r permanecerá usando o hífen caso a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra. Cabe aqui ressaltar, a questão contraditória das exceções, na regra anterior todas palavras com esses aspecto, independente do prefixo, desde que a palavra seguinte se iniciasse com r ou s, teriam que usar o hífen.
O mesmo ocorrendo com prefixos que terminem em vogais, o hífen é eliminado, porém há uma junção da palavra, perdendo-se totalmente a distinção de separação de prefixos. Os alunos já encontram dificuldades em localizar tais prefixos separados, juntos então, dará mais problemas. Neste caso ainda já tínhamos algumas palavras que não existia o hífen, trazendo confusão aos que queriam escrever corretamente. E mesma assim ainda há exceções nessa regra como é o caso de anti-herói, anti-higiênico entre outros.
Porém agora se utiliza o hífen quando a palavra é formada por um prefixo terminado em vogal e a outra palavra inicia-se por vogal, como no caso de anti-inflamatório. A situação nesse ponto é que esta regra foi alterada exatamente por causa da anterior, aqui sim demonstra que haveria necessidade da separação. Apresentando ainda exceção para o prefixo “co” que, ao se deparar com uma palavra iniciada pela letra o, não se utiliza hífen.
O hífen não será mais usado em compostos como manda-chuva, pára-quedas, que se escreverá mandachuva e paraquedas, regra que também discordo, por trazer mais uma vez a discussão da aproximação da escrita feitas pelos alunos. A questão não é unir-se a eles e sim, ensiná-los a forma correta. Aqui também encontramos a seguinte exceção: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constitui unidade sintagmática e semântica: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, beija-flor, couve-flor, bem-te-vi.O hífen permanecerá em palavras formadas por prefixos “ex”, “vice”; “pan”; “pré”, pró”, “pós”; “além”, “aquém”, “recém” e “sem”. Até que aqui a situação permanece como deveria ser. Há ainda o caso em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais que em breve estarei fazendo comentário.
Não consigo entender por que tal mudança e já para iniciar no próximo ano, uma vez que todos os livros didáticos deverão ser refeitos e as gramáticas deverão ser revisadas e refeitas também. Em um momento de crise, aqui no Brasil, gastará desde produção de papel à produção em gráficas. Acredito que essa quantia gasta para “refazer” tais materiais poderia ser usada de outra forma, diretamente na qualidade de ensino. Cabe ressaltar ainda que tais mudanças foram apresentadas e não justificadas.
Texto por Roberta Simões

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